sábado, 12 de dezembro de 2009

TI aplicadas às PME's (pequenas e medias empresas)

No Brasil e em muitos outros paises como Japão, Portugal, Itália, a importância das MPMEs
para a economia é grande. No nosso país as MPMEs representam 98 % do total de empresas,
20% do PIB e empregam 60 milhões de pessoas (SEBRAE, 2004).
Segundo Hagmann e McCahon (1993) e McKiernan e Morris (1994), a importância no
cenário nacional não evita que as MPMEs enfrentem inúmeros problemas, como a escassez
financeira, a baixa qualificação dos empregados, a pouca capacitação gerencial dos
empresários, o não acesso às informações para a tomada de decisão, a falta de planejamento
estratégico, pouco ou nenhum uso da TI. Isso implica em um índice bastante elevado de
mortalidade. Um levantamento denominado "Fatores Condicionantes e Taxa de Mortalidade
de Empresas no Brasil", realizado em 2004 pelo Sebrae e FUBRA (Fundação Universitária de
Brasília), revela que 59,9% das empresas não sobrevivem além dos 4 anos de existência,
49,4% encerram suas atividades com até 2 anos e 56,4% com até 3 anos1.
Não existe estratégia e nem capacidade gerencial disponível para planejar TI nas MPMEs e,
se existe, é limitada, Blili e Raymond (1993). Isso as torna dependentes de conselhos de
empresas fornecedoras. O problema, segundo Levy (2002), é que os fornecedores TI oferecem
um serviço reativo e não pró-ativo e o papel destes raramente está ligado às mudanças
estratégicas e aos estágios de crescimento das empresas. Esta mesma autora aponta duas
sugestões para esse problema. Primeiramente sugere que as MPMEs deveriam desenvolver
suas próprias capacidades internas de TI para suportar seu crescimento. Para as empresas de
TI, sugere que comecem a perceber este mercado, em potencial, com maior cuidado e
atenção. Para Yap et al. (1992), a viabilidade destas soluções está em os fornecedores
entenderem melhor o contexto das micros, pequenas e médias empresas e estas terem maior
conhecimento sobre a TI. Como resultado desta maior integração têm-se aplicações de TI
mais adequadas à melhora da competitividade das MPMEs.
Grandes empresas de TI, como HP, IBM, Dell e Microsoft, já possuem iniciativas específicas
de TI para as MPMEs. Segundo a revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, a HP
possui um programa mundial chamado Smart Office de apoio em TI para as pequenas e
médias. HP e Microsoft promovem palestras gratuitas sobre os benefícios do uso da
tecnologia. A Dell, em parceria com a EMC2, desenvolveu um equipamento de
armazenamento de dados para os pequenos negócios e oferece, em parceria com a Unisys, o
diagnóstico gratuito para montagem de redes de computadores. A Intel promove treinamento
gratuito para empresários com o objetivo de lhes mostrar como podem usar os computadores
em benefício de seus negócios. A Microsoft desenvolveu um programa para as pequenas
empresas, o Small Business Server, apropriado para o gerenciamento de redes com até 75
computadores. Lançou, no ano passado, junto com a HP, uma série de guias de tecnologia
para empreendedores.

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